GUERREANDO COM O AMOR
Rosângela
do Valle Dias
Ofereço rosas e perdão
a todos
aqueles que são
destituídos de amor no coração.
A
bondade de gestos,
bem como a de palavras,
faladas e
escritas,
pode neutralizar a estupidez,
acabar com a
surdez,
suavizar a rigidez,
estancar a mesquinhez...
Toda
a minha vontade
de partir para "o front"
e lutar
com a paz e o amor,
frente a frente,
contra a questão
cultural,
a violência, a corrupção,
a impunidade...
Fica
só mesmo na vontade!
Não por incapacidade!
Não por falta
de fé!
É pela constatação da cegueira
daqueles milhares
de céticos,
que nem Jesus conseguiu
dar-lhes vistas.
Eu
então fico aqui,
sofrida, triste, impotente,
entre as
rosas e o perdão.
Peço muito, de joelhos ou não,
através
da prece do Almirant Hart
ao meu Pai Maior:
"Senhor,
dá-me forças para aceitar
com serenidade tudo aquilo que não
possa
ser mudado.
Dá-me coragem para mudar tudo o
que pode e
deve ser mudado.
Dá-me, além disso, Senhor,
SABEDORIA
para distinguir uma coisa da outra."
Pela
oração aquieto o meu desejo
de tentar mudar o
mundo.
Tenho, no sentir profundo,
a minha maneira de
"guerrear".
Trago sempre aberto o sorriso,
para
mostrar que é preciso
alegrar a tristeza que causa,
ao meu
amado PAI,
os tantos horrores e choros.
Tento conseguir
com fé,
amor, alegria e paz
a tão desejada
pausa,
entre as batalhas...guerras...
Lutas do
desamor.
Conseguir a definitiva trégua,
com a exclusão da
dor,
em cada canto da Terra.
BH/MG