sábado, 25 de agosto de 2012





POESIA SEM RIMA

Rosângela do Valle Dias


Divina comédia!

Comédia da vida!

"Assim como muitos palhaços

pintam o rosto pra viver",

desmascara-se a efemeridade

de vagos sentimentos

"pintados"

com caneta, num papel...

No palco da arte escrita

vale o amor...vale o rancor

embutidos em versos

de sonhos

simplificados por

"gestos" risonhos!

Ah! Divina comédia!

Rir para não chorar,

de quem representa mal,

a arte do escrever "poetal"!

Em sorrisos de papel,

com corações de puro fel,

se desfazem quase todos

os poetas de babel.

Os gritos do amor

são máscaras dos sonhos

na aquarela das cores

das canetas no escrever.

Eu, que iria,

agora fico...

Eu, que sorria,

agora choro

o adeus

que ninguém vê!

 
BH/MG
21.12.2004
Modificada em 03.05.2007





sábado, 14 de julho de 2012





PESSOA CERTA
Rosângela do Valle Dias



Pessoa certa é você:

que sente a mesma emoção,

que encanta o meu coração,

com seus versos de paixão.



É você:

que divide aquele instante

de pura magia,

que acrescenta com o olhar

o brilho da fantasia.


Você:

que na imensidão do universo,

canta, em prosa e verso,

o sonho, o amor, a paixão...

A mais sublime canção!



BH/MG

sábado, 16 de junho de 2012


 


EMOÇÃO


Rosângela do Valle Dias





Emoção, não reflita nas sombras do meu desejo


as sensações doloridas do querer.


O que você tenta dizer, a todo custo,


um outro sentimento já grita.


A vontade de aportar num cais seguro


me transporta a um sonho sem igual, irreal.


Toque o meu coração de mansinho e


permita que o meu tempo se aproxime


sem a agonia da decepção.


Se bastasse a doçura do olhar esperançoso,


a plenitude do sorriso despretensioso,


o pulsante bailar das estrelas...


o céu já estaria cantando para mim.


A minh’alma quer você, emoção,


pura e simplesmente, como uma reação de amor.





BH


16 de abril de 2012



sábado, 5 de maio de 2012

ESPERANÇA E PAIXÃO




ESPERANÇA E PAIXÃO
Rosângela do Valle Dias


Como não cantar a esperança?
Ela é a mais presente força nas minhas cordas vocais.
No esforço de mudanças reais eu versejo,
emudeço ante os sons da natureza e
faço do meu olhar o encantamento das razões.
A cada instante, uma mistura de gestos,
rasuras de sentimentos num poema de canções.
Perfeita inspiração nas entrelinhas do desejo,
onde a partida é apenas uma chegada.
Ah, esperança!
Que festa colorida no tempo do coração!
Quantas paixões a vida nos faz sentir
em minutos de prazer e querer.
Como não cantar a paixão?

BH
14 de abril de 2012





sábado, 14 de abril de 2012

SILÊNCIOS














SILÊNCIOS
Rosângela do Valle Dias

Somam-se os silêncios numa manhã chuvosa de domingo.
Ausência de toques e de presenças.
Janelas cerradas num entardecer de amores.
Fechar os olhos,
emocionar-se com a música
e sonhar com um novo amanhecer.
A vida é um emaranhado de sentimentos e
um caminhar diferente para cada um.
A vida sou eu em você,
num mesmo ciclo,
experiências similares,
vivências desiguais...
Janelas que se abrem,
para a chuva molhar a alma,
num resumo de solidão.

BH
25 de março de 2012.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

PROCURA













PROCURA
Rosângela do Valle Dias

Procuro por você, incessantemente.
Leio,
através das lágrimas que insistem em se mostrar,
os seus versos deixados no silêncio da vida.
Sinto,
na saudade que permanece implacável,
a dor dissimulada de um sorriso triste.
Pressinto,
no vazio de um coração apagado,
a breve viagem para a invisível eternidade.
Quero,
no amor que domina meu ser, e enquanto estou aqui,
reacender o fogo que me norteava.
Encontrarei você,
meu espírito amado,
para conduzir-me a uma nova estrada?
Cessará a minha procura?

BH/MG
04/11/2011
Poemeto da série “Pedaços de Mim”

domingo, 8 de janeiro de 2012

SENTIMENTOS











SENTIMENTOS
Rosângela do Valle Dias

A vida sucumbiu ao tempo.
E não era hora, ainda, para mim.
O sonho deu lugar a um vazio.
A árvore dos versos secou, assim!

Ah, saudade! Saudade infinita de ti!
Saudade do que não vi.
E agora?
Procuro, no silêncio das tuas poesias,
a renovação de um sentimento disforme.
Sou, agora, o que nunca fui.
E amanhã? Terei sido o quê hoje?


Poemeto da série “Pedaços de Mim”
BH/MG
04/11/2011