sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


CONVERSANDO COMIGO
Rosângela do Valle Dias


No emaranhado das tramas do viver,
no cadenciado amadurecer...
No encontro do que sou
com o que penso que tu és...
Na verdade de não encantar, apenas,
com o que se espera.
Na humildade,
sabedoria de amar apesar de...
Na minha transparente criança interior
deixei acessível a pureza da minh'alma
para quem quisesse enxergar e amar.
Tantos foram os que,
no silêncio que abençoa os puros,
se aconchegaram e permaneceram!
Outros tantos se confundiram com
o seu próprio eu,
pensaram conhecer o outro por si
e não reconheceram o amor ao próximo...
Quantos ainda teimam em acreditar no
que imaginam ser a verdade e despedaçam
outro coração, sem verbalizar.
As marcas indeléveis vão se somando.
Endurecem o sentimento da compaixão.
Felizes os amores reconhecidos nos
caminhos da felicidade!
Eu grito o meu amor por ti,
meu irmão,
meu amigo,
meu espelho encantado no viver de cada dia!
Para ti, o meu canto sereno,
na paz que te desejo transmitir.
BH/MG
11 de fevereiro de 2010.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010



VONTADE DE PAZ

Rosângela do Valle Dias


Como fazer para ser compreendida

nos versos que afloram do claro

sentimento de impotência?

De nada adiantará explicar, em poesia,

os nós impossíveis de desatar nesta vida

de sombras, à luz da solidão.

As minhas permanências

nas constantes ausências da paz,

contradições dos incessantes sonhos,

são sentidas no meu teclar para você,

que me lê com o olhar pleno de querer.

Como fazer para não abalar os corações

afins com versos assim?

Só mesmo em tempos de paz!

Resta-me o pedido de perdão pela sensação

do dever não cumprido.


BH/MG

09/02/2010

Poemeto da série "Pedaços de Mim"


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


ACONTECE...

Rosângela do Valle Dias


No sonho,

o sol chora os raios perdidos

naquela imensidão de luzes inventadas.

A solidão,

implacável desde o início dos tempos,

assola a lua no silêncio triste da madrugada

inundada de amores vãos.

Eu acordo.

Constato a mesma solidão de mim

na frieza dos quereres impossíveis.

O amor passa, despercebido pela distância,

com uma voz que só diz o que não quero escutar.

Quero dormir para poder amar.

Posso sonhar.

Não quero ser a solidão de nós.

Acontece...


BH/MG

08/02/2010

Poemeto da série "Pedaços de Mim"