
É PRECISO
É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes,
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta,
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome,
o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos severos conosco,
pois o resto não nos pertence.
© Cecília Meireles
4 comentários:
Bom dia querida! Grande atualização, a Cecilia Meireles é minha poeta jamais esquecida.Sabia das coisas... É preciso lembrar que o tempo não nos pertence, pertencemos a ele! Beijus Anna Peralva
Este é um dos poemas que mais recitava para os alunos quando eu falava sobre Cecília, e eles pediam muito sobre Romanceiro da Inconfidência que também é muito significativo. Mas queroi falar de voc~e, este seu Blog tem um valor literário para todos os gostos amiga , adoro sempre as suas atualizações. Abraços
Ôi Rô,
Tenho paixão por Cecília Meireles, tanto que hoje postei uma poesia dela no meu Flog e tenho que tomar cuidado porque senão só dá Cecília no meu espaço virtual... Parece que ela tinha e sentia tudo que todo mundo sente, à maneira de cada um... Maravilhosa!!!
Está muito aconchegante o seu cantinho romântico e didático, continue a seguir esta linha que está educativo, bonito e criativo!
Uma ótima sexta-feira...
Rita
Está muito bonito o teu blog, Rosângela, farto de mensagens edificantes, bem variado quanto aos assuntos, em cores alegres, em música de bom nível e numa disposição gráfica bastante agradável à vista.
Agora ficou até mais interessante depois da publicação de O Brilho do Olhar de Dentro, um novo e belo poema de Vera Mussi, confirmando seus inegáveis méritos de ótima poetisa.
Meus parabéns a ela, a ti e a todos os simpatizantes desta bela página.
Humberto - Poeta.
Postar um comentário