quarta-feira, 3 de março de 2010


EU CHORO

Rosângela do Valle Dias


Choro a verdade que não se revela
navegando em um barco
sem rumo e sem vela.
Não há vento na paisagem.
Choro pelo desperdício da fome
no alimento que não se consome.

Choro a irresponsabilidade no poder...
O mandante que oculta o saber.
Cerro os olhos para não vera flor que nasce
com espinhos de dor,
sem perfume e incolor,
pela ambição que contamina
e ao acaso dissemina.

Grito, mesmo sem vez e voz
pelas letras que se unem em versos,
para apagar a chama que queima
e que ao mesmo tempo congela.
Rezo pela união de mãos,
de olhos, de vozes, de cantos...
Quero devolver ao encanto
e à vida plena do ser,
a esperança do renascer.

Conto com você, poeta de coração,
para unir-se a mim,
em oração.
Salvemos o nosso Planeta .
Nossa terra , amor de chão...
Nossa floresta, "coração"!
Enfim...a nossa Nação!


BH/MG

3 comentários:

José Ernesto disse...

Maravilhoso este poema, muito atual, para a nossa situação, adorei amiga diversificação de assuntos . abraços

Marilda (OlhosDe£in¢e) disse...

Rosângela, amiga de longa data:
Choramos tanto pelas injustiças pessoais, políticas e sociais que às vezes, a lágrima não cai, apenas o soluço seco se faz presente cortando o silêncio de nossa reflexão.Uno-me a você na oração que medita e pede socorro a Deus!
Gostei muito de seus versos, de seu momento que demonstra preocupação pelo nosso semelhante, pelo nosso planeta e pelas nossas vidas.
Um apelo louvável aos de sentimentos honestos.
Meu carinho e o meu abraço
Marilda (OlhosDe£in¢e)

Sonia Pallone disse...

Fortíssimo e pungente apelo querida Rô! Em minhas orações também, a mesma intenção, sempre. Bjs.