domingo, 21 de março de 2010


POUSO FORÇADO

Rosângela do Valle Dias


Volto para o meu sertão imaginário.
No clarão em que a lua se mostra
eu me insinuo, em sussurros.
As folhas sorriem, em balanços,
para mostrar que estão comigo,
na sensação do encontro.
Em prantos, canto o amor.
Abraço o vento que passa,
mansinho, solidário...
Adormeço.
O despertar das aves me enche
de vontade de voar.
Voar, voar, voar ...
Voce não presta atenção.
Onde vou pousar?
Pouso no medo de não encontrar
o que quis deixar no seu olhar.

BH/MG
13/março/2010

2 comentários:

Rita Maria disse...

Boa Noite Rô,

Lindo o seu poema, principalmente a surpresa do final...

Eu acho que todos nós temos um anseio comum à liberdade, porque volta e meia eu vejo alguém querendo levantar vôo, mas só vamos voar verdadeiramente quando nossa alma abandonar o peso de nosso corpo num vô derradeiro!

Uma semana de bons fluidos para você...

Rita

Sonia Pallone disse...

Já te falei o que acho sobre esse poema não é? Mas vim aqui pra me encantar de novo...Bjs.