
CLARÃO NA NOITE
Rosângela do Valle Dias
A alvorada se aproxima...
Desponta o meu desejo devasso.
No vazio encontro de almas,
esse teu medo, vacilo no tempo,
é o teu compasso ao vento.
Sonolentos estão os abraços
no peito emudecido.
No teu vislumbre, uns passos...
Em olhares me despedaço!
Como por encanto, fujo, devagar,
em direção à luz da noite.
Sinto o teu querer, de açoite.
Ah, clarão de amar!
Será longa a noite pra nós...
Ritmos frenéticos pela vontade
confirmam a nossa saudade.
O vazio se encheu de sonhos...
O medo descompassado cede,
sem vacilo algum,
ao meu encorajador corpo nu,
seu lugar incomum.
A alvorada se afastou...
Estamos colados de amor!
BH/MG
14 de julho de 2007
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